Sem a neutralidade de rede, as companhias de telecomunicações podem dar mais velocidade para determinados serviços online ou bloquear certas plataformas, por exemplo. Esse é um cenário que preocupa porque, entre outras implicações, pode permitir que as operadoras cobrem mais do usuário para dar acesso a determinados recursos (como streaming de vídeo). Há pouco mais de um mês, a FCC aprovou mudanças que anulam as regras que garantem a neutralidade de rede nos Estados Unidos, a despeito da pressão de diversas companhias contra a decisão, entre elas, gigantes como Google, Facebook e Netflix. Entre os estados que abriram o processo estão Nova York, Califórnia, Havaí, Pensilvânia e Washington. Bob Ferguson, procurador-geral deste último, afirma que o processo é o primeiro passo para os estados tentarem bloquear a recente decisão da FCC, considerada pelos procuradores como “arbitrária, caprichosa e um abuso de poder”.
Não é um movimento fácil. Mesmo que este e outros processos semelhantes tenham êxito, a anulação da decisão da FCC tem que passar pelo Congresso e, posteriormente, pela aprovação do presidente Donald Trump. No entanto, a Casa Branca já sinalizou apoio à decisão da FCC. Dada a influência que os Estados Unidos têm, o assunto é acompanhado de perto por outros países, inclusive o Brasil. Mas, por aqui, o governo já se posicionou contra o fim da neutralidade de rede. Com informações: TechCrunch, Ars Technica.