As receitas das propagandas do YouTube caíram de US$ 7,205 bilhões, no terceiro trimestre de 2021, para US$ 7,071 bilhões, no mesmo período em 2022. Segundo a Bloomberg, os analistas do mercado financeiro estimavam US$ 400 milhões a mais do que os números divulgados. Outro número que preocupa é o do crescimento. De 2020 para 2021, as receitas tiveram um salto de 41%; de 2021 para 2022, apenas 6%. Este é o pior crescimento desde 2013, excluindo uma queda em 2020, em meio à pandemia de COVID-19. O lucro operacional da empresa também teve uma redução, passando de US$ 21,031 bilhões para US$ 17,135 bilhões. A margem passou de 32% para 25%. Mesmo as boas notícias têm um lado ruim. O Google Cloud chegou a US$ 6,868 bilhões de faturamento, um crescimento importante em relação aos US$ 4,990 bilhões do terceiro trimestre de 2021. Porém, o prejuízo desse setor da empresa aumentou, passando de US$ 644 milhões para US$ 699 milhões.
Alphabet corta custos e produtos
No comunicado à imprensa, o CEO da Alphabet e do Google, Sundar Pichai, diz que a empresa está concentrando seus esforços em um conjunto claro de prioridades de produtos e negócios. Ele menciona novas maneiras de monetizar os Shorts, formato de vídeos curtos do YouTube, semelhantes ao TikTok. Foco e eficiência parecem ser mesmo as palavras-chave do Google para lidar com essa queda nos lucros. A Area 120, incubadora para projetos experimentais, pretende eliminar metade dos empreendimentos, e os funcionários terão que encontrar novas funções na empresa até janeiro de 2023. Além desses cortes, a empresa colocou o pé no freio para contratações; novos funcionários, só para áreas de alto nível de prioridade. As incertezas da economia são um dos motivos para essa política. O fim do Stadia e o cancelamento da próxima versão do laptop Pixelbook também entram nessa lista de medidas para conter gastos e se concentrar no que dá dinheiro. E até nisso está difícil: a publicidade é a principal fonte de faturamento do Google, mas os investimentos dos anunciantes desaceleraram nos últimos trimestres. Com a alta na inflação e nas taxas de juros, as empresas estão com medo de abrir a carteira. Com informações: CNBC, Yahoo Finance